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para pôr dentro de uma garrafa de vodka

espero sinceramente que tenhas uma morte lenta e dolorosa como de resto tem sido este tempo em que te conheço. conheci.
não sei se tenho noção do que digo mas se não tenho não quero nunca ter (tido) porque a minha cabeça está cheia de bolhas de nada e a (in)existência de espaço mete-me numa situação complicada. não quero arriscar ter sangue a escorrer-me ouvidos fora ou ver a minha cabeça a ameaçar explodir - ou mesmo a minha cabeça a explodir - pelo simples facto de que sou demasiado preguiçosa para depois limpar os pedaços de cérebro, de memória, de ti que ficarem colados ao chão, às paredes e ao teto da caixa em que me encontro.
a verdade é que prefiro viver com a porcaria que criei/aste/ámos em vez de limpá-la permanentemente - ou sequer tentar - porque me cansei demasiado em demasiado pouco tempo e não tenho energia (ou vontade) para tratar disso/de ti agora.
neste momento só quero sentar-me aqui, a comer um pão com fiambre (ou outra coisa qualquer), enquanto te vejo sucumbir. e rir-me. rir-me enquanto tesouras invisíveis cortam todos os tendões de todas as partes do teu corpo. um por um. a começar nos tornozelos.
é a vida. era a vida.

Carolina
blog? São ensaios cegos, lúcidos, físicos & metafísicos. É uma mente deteriorada e uma mão cansada. Ou incansável. Relógios parados. E sangue? (...) Mas sobretudo perda de tempo. E possivelmente mais qualquer coisa. Não sei. Incerteza também.

yeah, thanks

© 2010, Luna