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pequeno parêntesis XIX

digo que no meio de tantas danças por entre ponteiros, há-de haver um que nos falha e prende o nosso calcanhar. e depois podemos escolher uma de duas hipóteses: forçar o pé a sair, o que provavelmente nos arrancará uma perna fora - e limpar toda a porcaria, que não há-de ser pouca, que se espalhará -  ou esperar um minuto ou dois: o tempo de o ponteiro nos passar por cima - a custo, é verdade - e de escorregarmos por ali abaixo, finalmente livres. livres até cairmos no pescoço de outro alguém; porque agora anda-se de tempo em tempo e agora o tempo passa-se nos pescoços de todos os alguéns.

Carolina
blog? São ensaios cegos, lúcidos, físicos & metafísicos. É uma mente deteriorada e uma mão cansada. Ou incansável. Relógios parados. E sangue? (...) Mas sobretudo perda de tempo. E possivelmente mais qualquer coisa. Não sei. Incerteza também.

yeah, thanks

© 2010, Luna