e agora começa a cascata de insultos petulantes e pouco sentidos. agora começas a renomear tudo o que te aparece à frente, como se o universo tivesse culpa da tua burrice. a almofada no chão é um "foda-se", o quadro na parede é "merda", os livros são o "caralho". e os sonhos? os sonhos são a "puta que vos pariu". um autêntico teatro que fazes para ti própria. e tens prazer com isso, não tens? actuas em frente de um dos teus mil espelhos irritantes, dás o teu espectáculo, fechas as cortinas, fazes vénias tais, que os teus cabelos roçam o chão, e depois? depois aplaudes-te a ti mesma, como se tivesses acabado de ver o melhor espectáculo de sempre. mas sabes, os teus teatrinhos, as tuas obras primas? mete-as no caralho. e tu? tu vai à merda, vai para o inferno. e chama-me puta de frente - não me troques por um espelho. chama-me puta mesmo que não queiras - e eu sei que não queres. e eu sei que nunca quiseste - mas di-lo, grita-me "puta". eu devo gostar.
e de caminho, dá-me o relógio de parede que herdaste da tua tia-avó. chamaste-lhe monte de merda há 9 dias, decerto fará mais falta a uma das minhas paredes do que às tuas. nojentas.
Carolina