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E também das tuas mãos nos meus pulsos

Logo hás-de chegar desajeitadamente e sem aviso, hás-de libertar as roupas no chão e aclarar a garganta (para nada dizeres). Já te sei de cor. Já sei que me vais beijar as costas, que vais contar as minhas costelas, pressionando-as uma de cada vez - como se não soubesses já quantas são. E depois (só depois) vamos falar da morte. Ou talvez hoje falemos do fim da vida. Vamos deixar-nos levar pelos copos de whiskey, que já se adivinham; e vamos discutir a metafísica como se isso fosse algo discutível. Depois é provável que a (nossa) libido - como Freud no-la mostrou - fale mais alto e o sexo termine como tão bem sabemos - a achar que aqueles movimentos são perpétuos e que o tempo é um conceito utópico.
Um maço de tabaco depois, caímos nos (a)braços de Morfeu. E o amanhã não existe.


Carolina
blog? São ensaios cegos, lúcidos, físicos & metafísicos. É uma mente deteriorada e uma mão cansada. Ou incansável. Relógios parados. E sangue? (...) Mas sobretudo perda de tempo. E possivelmente mais qualquer coisa. Não sei. Incerteza também.

yeah, thanks

© 2010, Luna