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pequeno parêntesis XXVI

fotografia nunca foi uma coisa nossa. sempre foi uma coisa minha e uma coisa tua, mas nunca nossa. de nós, ficaram desenhos e enquanto que os meus desenhos teus provavelmente a esta hora são um "cinza vai" varanda fora, os teus desenhos meus repousam algures entre as páginas d'A Nova História De Adão E Eva. honestamente, não lhes voltei a pegar desde o dia em que os trouxe de tua casa. o do panda adorável com aspecto de cadáver em decomposição que andava comigo para todo o lado, não conta. mas o que é importante (não é importante, é só aquilo que quero verbalizar), é que hoje juntei-os a todos e apercebi-me de que tenho muito mais de ti do que alguma vez pensei. e é pena que só consigamos dar valor a estas coisas quando aquilo que as produziu já não existe. é pena que só me aperceba de tudo o que sempre esteve presente depois de já teres morrido.

Carolina
blog? São ensaios cegos, lúcidos, físicos & metafísicos. É uma mente deteriorada e uma mão cansada. Ou incansável. Relógios parados. E sangue? (...) Mas sobretudo perda de tempo. E possivelmente mais qualquer coisa. Não sei. Incerteza também.

yeah, thanks

© 2010, Luna