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crónica do verbo jazer

Estava na varanda a regar a roseira morta quando vi a Beatriz lá em baixo, a passear na rua, espalhando pedaços de sorriso. Vestido curto, leve, demasiado transparente. O contorno dos seus seios e o desenho do seu mamilo esquerdo deram-me vontade de tocar piano. Criar a minha melhor composição de sempre.
De repente apareceu o Analfabeto a correr, gritando mudamente coisas que só o o Surdo Pedinte conseguiu ouvir. Atrás dele, corria o Bandido, de revólver em punho.
Ai desgraça! Que o Analfabeto morre já aqui, debaixo dos meus olhos! Acudam! 
Fez-se pum e o vestidinho branco da outra galdéria tingiu-se de vermelho. Caiu a moça por terra e todos nos rimos. De facto, teve piada. Piadas de homens.
Olha! Lá vem a Raquel. E que belo vestidinho traz hoje.
blog? São ensaios cegos, lúcidos, físicos & metafísicos. É uma mente deteriorada e uma mão cansada. Ou incansável. Relógios parados. E sangue? (...) Mas sobretudo perda de tempo. E possivelmente mais qualquer coisa. Não sei. Incerteza também.

yeah, thanks

© 2010, Luna